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Depressão: uma sombra que pesa

  • Foto do escritor: Simone Ferreira
    Simone Ferreira
  • 25 de mar.
  • 2 min de leitura

Imagine a depressão como uma sombra que se estende sobre a alma, um peso invisível que torna cada passo uma luta. Na psicanálise, essa sombra não é apenas um conjunto de sintomas, mas sim um reflexo de histórias não contadas, de dores silenciadas e de perdas que ecoam no mais profundo do ser.


É como se a pessoa estivesse carregando um luto constante, uma tristeza que não encontra palavras para se expressar. Às vezes, a perda é clara: a partida de alguém amado, o fim de um sonho, a sensação de que um pedaço de si mesmo se foi. Mas, em outras ocasiões, a perda é um mistério, algo que se esconde nas dobras do inconsciente, um vazio que não se sabe como preencher.


A psicanálise nos convida a explorar esse labirinto interior, a desvendar os segredos que a alma guarda. É um mergulho nas memórias, nas emoções e nos conflitos que moldaram a nossa história. No divã, as palavras ganham vida, os sentimentos encontram um espaço seguro para se expressar e as conexões entre o passado e o presente começam a se revelar.


O analista, como um companheiro de jornada, oferece um olhar atento e acolhedor, sem julgamentos ou soluções prontas. Ele nos ajuda a tecer os fios soltos da nossa história, a dar sentido às nossas dores e a encontrar novas formas de seguir em frente.


A depressão, sob essa perspectiva, não é apenas um obstáculo, mas também um chamado para a transformação. É um convite para nos reconectarmos com a nossa essência, para resgatarmos os pedaços perdidos e para construirmos uma vida mais autêntica e significativa.


É um processo delicado e desafiador, que exige coragem e paciência. Mas, ao final da jornada, a recompensa é imensurável: a liberdade de ser quem realmente somos, a leveza de viver sem o peso da sombra e a alegria de encontrar um novo sentido para a vida.



 
 
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